quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nossa única vez...



Foi a primeira vez que você esteve aqui, era estranho. Você gritou meu nome, então logo notei que não estava normal. Você tinha bebido. Será que só assim você sentiria vontade de me ver? Seria eu a sua última opção da noite? Já era tão tarde, mas eu precisava te ver. Todos os meus sentimentos eram confusos, eu precisava ter a certeza de que era você que eu queria pra mim.
Saímos pela rua, não podia deixar que fosse tão rápido, precisava pensar e sentir se era realmente você o escolhido. Andamos um pouco e conversamos sobre algumas coisas das quais não lembro mais. Você ainda bebia, mas estava alegre e sorridente, isso me cativava. Voltamos para minha casa, nos escoramos no seu carro e continuamos a conversar. Nossa conversa falava uma coisa, mas nossos olhos pediam outra. Você então entrou no carro, eu entrei também. Nossa conversa tomou um rumo chato, mesmo que nossos corpos pedissem algo mais. Fiz a única coisa que poderia fazer: te beijar. Precisávamos sair daquele mar de conversas e finalmente nos deixar levar por nossos instintos. 
Nosso beijo foi desengonçado, provava que ainda não nos conhecíamos o suficiente para estar daquela forma. Mas nos desejávamos, porque o resto importava? A sintonia foi começando e então, sinto sua mão acariciando a minha cintura. Paralisei. Por um breve momento desejei ir embora dali, sabia que não daria certo, que não tínhamos sintonia o suficiente e que talvez meu sentimento não fosse seu, fosse dela. Pensei em sair do carro, mas desisti. Sua mão era forte demais para eu tentar me soltar. 
Então você me segurou e me colocou no banco de trás e logo me acompanhou, eu fiquei um pouco deitada, enquanto levemente você se posicionava sobre o meu corpo e, finalmente, conseguimos a completa sintonia do nosso beijo. Ficava cada vez mais intenso, eu não conseguia controlar meu corpo, tremia de pleno tesão e desejava cada vez mais você. Você foi acariciando meu corpo enquanto tirava minha roupa. Passou sua mão entre meus seios e, ao chegar na minha cintura, colocou o braço por trás e me puxou firme, junto a seu corpo. 
Vagarosamente, ainda com meu corpo junto ao seu, você foi sentando no carro e me colocando por cima de você. Sentei-me sobre você e nos conectamos. Lentamente eu senti você entrando em mim, meu nível de excitação ia nas alturas, eu gemia e sussurrava coisas ao seu ouvido. Você sempre calado, fitava-me fixamente e me falava mil coisas apenas com o olhar. Eu não poderia me calar, precisava gemer e expulsar todo aquele prazer que você me proporcionava. Comecei a cavalgar lentamente sobre seu corpo, sentindo você entrar e sair de mim, conseguia sentir o quanto estávamos molhados de prazer. 
Acelerei o ritmo, ia cada vez mais rápido sentindo cada vez mais intenso o seu entrar e sair. Foi quando, finalmente, consegui arrancar de você um gemido de prazer. Podia sentir descer pelas minhas coxas a prova da intimidade que havíamos compartilhado. Era um momento mágico. Deitei minha cabeça em seu ombro e falei baixinho no seu ouvido: quero mais.
Foi aí então que me lembrei que ainda estávamos no banco da frente, que ainda estávamos no nosso primeiro beijo e que não havia nenhuma sintonia. Então me afastei, tirei sua mão de minha cintura, dei boa noite e fui dormir. 

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